sexta-feira, 4 de abril de 2008

ARTIGO :

Com tantos absurdos não seria bacana a gente começar a ser mais solidario, menos preocupado com o futil,mais atuante?
vamos a um conto (verdadeiro)
O homem chega à farmácia, pede o remédio necessário, olha o preço: R$ 19,25. Confere a lista com os preços de outras farmácias, retirada do bolso interno da jaqueta marrom. - Com o desconto, quanto fica? - pergunta. - Já está com desconto - responde a balconista, olhando incrédula para a anotação no pequeno papel: R$ 8,95 - Impossível chegar a este preço - afirma.O homem agradece e sai. Retorna à farmácia que lhe fez o menor preço. Desde que foi obrigado, pelas circunstâncias, a se tornar usuário de diversos medicamentos, perplexo com as diferenças de preços encontradas, adotou o costume de pesquisar, no intuito de proteger o seu bolso. Ele mesmo se surpreende com a enorme economia realizada, graças à organização e a um pequeno uso do seu tempo. Remédio que numa farmácia custava R$ 240,00, comprou em outra por R$ 160,00 e essa disparidade de preços foi a desencadeadora da pesquisa, por perceber que o comprador crédulo pode ser visto como trouxa, em algumas circunstâncias.“Os seres humanos reagem a incentivos”, segundo Steven Levit, autor do instigante Freakonomics. O incentivo do homem dessa história real é a economia; o incentivo do dono da segunda farmácia é a fidelidade dos clientes. Mas, enquanto poucas pessoas fizerem uso desse processo, os outros estabelecimentos não sentirão a necessidade de melhorar os preços. Por que o fariam, se têm uma clientela garantida?Aí é que entra o poder da informação, moeda cada vez mais valorizada. A ignorância nos faz agregar falso valor a determinados produtos e atividades. Pessoas bem informadas têm mais condições de fazer boas escolhas, fugir de situações dúbias e mudar de procedimento, quando necessário. A Internet é o instrumento mais eficaz para a transferência de conhecimentos. Num acesso rápido, o internauta é posto a par das opiniões dos especialistas em cada ramo. Contudo, nem todas as informações podem ser encontradas na Internet. Uma boa rede de relacionamentos continua importante. Há o amigo que sabe tudo sobre eletrônicos, o especialista em automóveis e concessionárias, o experto em restaurantes da moda e o que freqüenta só os de melhor relação custo/benefício. Outro informa a melhor fruteira e em qual supermercado os preços estão melhores.Algumas informações devem ser usadas como poupança, moedas guardadas no cofrinho para o momento adequado. Outras têm liberdade para circular, embora possam sofrer modificações, de acordo com a interpretação de quem as transmite. Contar como alguém nos passou para trás evita que outro faça papel de trouxa, saber quem são os profissionais e os estabelecimentos comerciais idôneos faz toda a diferença. Ainda que não possamos prometer o céu aos justos e lugares menos agradáveis aos desonestos e ludibriadores, uma eficiente rede de informações pode nos aproximar dos primeiros e manter distantes dos outros. Em casos menos extremos, pode nos poupar de preços descabidos e de serviços ineficientes. O que já é muito bom.

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